sábado, 25 de abril de 2009

Capítulo 2 - Segundo dia



No dia seguinte Tulipa tem a oportunidade de conhecer a prefeitura, o distrito policial, a igreja, a sua nova escola. E o centro comercial com o consultório médico, veterinário, a lanchonete era um restaurante, uma loja re roupas um armarinho, uma mercearia, uma oficina...

Aquele foi um dia cansativo e Tulipa descobriu, a cada local ao qual íam, que todos já conheciam a sua família e que sabiam os nomes de seus pais, o dela e o do pequeno labrador que escaparia de suas mãos se quisesse.
- O que você vai comer, querida? - Flávia.
- Posso tomar café, mãe? - Tulipa.
- Café querida? Você não gosta... Não quer um achocolatado? - Bernardo.
- Não pai.
Do outro lado do balcão a atendente abaixou-se à sua altura, vendo-a do outro lado do vidro, e sorriu para Tulipa.
- Que tal um milk shake?
Sem que Tulipa respondesse a moça providenciou de preparar a bebida e a família sentou-se na mesa que dava vista para a rua.
Tulipa bebeu pouco de milk shake, não o queria tanto quanto o repleto de conservantes de sua cidade natal. Sentia que nem as batatas fritas tinham o mesmo sabor...
- Querida, precisa se alimentar melhor. Não acredito que ainda esteja enjoada. - Bernarndo.
- Não estou com fome, pai. Posso ir ver como está Bicyclette? - Tulipa.
- Pode sim, meu amor. - Flávia.
- Flávia, ela tem que comer! - Bernardo.
- E ela vai comer, Bernardo. Deixe-a brincar, conhecer o lugar... Assim terá mais apetite.
- É, você deve ter razão...
Tulipa foi para a calçada, mas não soltou Bicyclette da guia e sim abaixou-se ao seu lado, acarinhando-o.
- Ei cachorro! Pega! - César.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Capítulo 1 - Primeiro dia


Saindo da cidade grande, de onde não mais veria os amigos de sua escola, de sua rua. Não teria mais o shopping, a praia ou parques eletrônicos para passear. E talvez, quem sabe, sequer televisão poderia assistir.
Tulipa viajava para o norte de seu país, onde havia a grande Floresta Amazônica, que a assustava pois eram muitas as árvores que a rodeava. Tantas como nunca havia visto.
Depois de chegarem à nova casa seu pai colocou as caixas em seu quarto. Mas Tulipa não deu-se ao trabalho de arrumar as coisas, pois não gostou de seu qaurto. Ele era grande demais, e as duas janelas também.
Ela sentou-se nacama tendo aos seus pés Bicyclette, o seu labrador de seis meses, ganho ao saber que teria que se mudar. Bicyclette mordiscava os tênis que usava e olhando-o Tulipa parecia não se importar.
-Lipa, venha jantar! - Flávia.
Ela desceu, lavou as mãos e sentou-se à mesa. A pizza e os sanduíches eram o que mais gostava, e o sorvete estava no frizer. Tudo comprado na última parada da etrada. Mas era notável a sua falta de apetite.
-Ainda enjoada, querida? - Bernardo.
à observação do pai a mãe pegou a limonada servindo meio copo sem açúcar e fatiou tomates para a filha. Então Tulipa comeu um pouco, dando a Bicyclete o que não mais queria. Vestiu o seu pijama de prédios amarelos e deitou-se abraçada a sua personagem de tv favorita, a ShhhBang do desenho do SuperShock.
... Uma vez que se viam ameaçados pela caça predatória visando seu corno e o seu sangue, com propriedades mágicas de cura, entre outros, encontraram na Floresta Amazônica um refúgio perfeito com água, vegetais para a sua alimentação e grandiosas árvores às quais podem se esconder.

Unicórnios:
- Os do verão têm seus olhos brilhantes como girassóis. Vê como o seu sol aquilo que seu olhar se dirige. Concentra-se e dedica. E o seu peito se aquece.
-Do outono têm lágrimas que curam por ter em seu espírito o iátrica. Mais ágil não há outro igual quando o espírito de outro é sofrido.
-Do inverno têm cascos que retumbam. Fortes afugentam o medo e trazem a luz que afugentam a escuridão. A água da chuva acompanha como hino de batalha.
-Da primavera têm seu galope suave, sussurrante como brisa, sua crina prateada como pérolas aveludadas. É o único que fala das belezas adquiridas. Dos homens não diz bravuras de conquistas, mas brandura de sua nobreza.


Está é a história da jovem Tulipa que mudou-se para o interior do Norte do Brasil, no Estado do Amazonas, vinda de uma cidade grande. Porém ela não gosta a mudança que tem que encarar pela frente, tendo deixado para trás os amigos da escola, os avós, tios e primos ela encontra-se infeliz.
Mas algo certamente irá mudar...