sexta-feira, 5 de junho de 2009

Capítulo 4 - Leandro



Tulipa entendeu aos poucos. E quando finalmente percebeu o que o menino queria dizer segurou Bicyclette pela coleira e correu para junto de seus pais e abraçou as pernas de Bernardo com a voz chorosa.
- Eu quero ir embora. - Tulipa.
- Embora? Mas acabamos de chegar! - Flávia.
Após a resposta de sau mãe foi o seu pai que abaixou-se alisando-lhe os cabelos.
- Por que quer ir embora, meu amor... Sente-se mal? - Bernardo.
Preocupado o pai a observava e nisso a mãe de Leandro chegou à praça e o menino estava também alterado, como Tulipa. Ao menos era o que parecia...
- Filho, o que aconteceu?
Ao escutá-la a mãe de Tulipa virou-se para ambos.
- Essa menina, mãe. - Leandro.
- O que ela fez com você, meu filho?
- Tulipa fez algo com você? - Flávia.
- Ela caiu, mas foi sozinha! Eu juro... - Leandro.
- Então por que você está chorando?
- Ela vai dizer que fui eu, mas não fui...
Tulipa não conhecia o menino, mas conhecia seus pais e seus pais a conheciam. Por isso falou tão baixo que apenas eles ouviram.
- Minha roupa não está suja. Vamos, vamos! - Tulipa.
Ela puxava as mãos de ambos, que se olharam e se viraram para a mulher e o menino.
- Até outra hora. - Flávia.
Eles se afastaram e de mãos dadas com os pais Tulipa sentia Bicyclette entre seus pés.
- Então filha. Se você não saiu o que aconteceu? - Bernardo.
- Nada papai. Estou bem. - Tulipa.
- Você quase chorava, e não parece ter sido por saudades de casa. - Flávia.
- Bicyclette comeu um biscoito.

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